A proposta é apresentada como sendo mais respeitadora dos programas democraticamente sufragados em cada país mas, na realidade, esse planos têm de se submeter a um plano macroeconómico prévio definido pela Comissão e são depois submetidos para aprovação pela Comissão e Conselho.

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O respeito pelas democracias nacionais resume-se portanto, ao direito dos Governos nacionais a concordar com as imposições da Comissão. O modelo de resgate torna-se permanente e a arbitrariedade da atuação da Comissão ainda maior.

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A Comissão reforça a sua capacidade de pressão e imposição de reformas totalmente fora das competências comunitárias, podendo os Governos bem-comportados ser recompensados com maior flexibilidade no cumprimento das regras.

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A eliminação da regra de redução da dívida já foi substituída por uma mitigação, por pressão da Alemanha. E a Alemanha já veio dizer que não está satisfeita e quer mais sangue.

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No conjunto, e agora que a suspensão das regras foi anunciada, esta proposta abre o caminho ao regresso da austeridade em força. No contexto da crise da inflação e de uma política monetária restritiva, é uma tempestade perfeita.

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