Cresci num concelho da margem sul gerido por autarcas do Partido Comunista durante muitos anos.
Desde que comecei a participar ativamente na política, que o combate a nível local era feito com o PCP. A primeira faixa de protesto que fiz não aguentou nem uma noite.
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Assisti ao entrincheiramento do PCP, à medida que perdia autarquias na Área Metropolitana de Lisboa e no Alentejo, mas também vivi bem por dentro o nascimento da "geringonça".
Jerónimo foi protagonista principal desse acordo, enfrentando as resistências dos mais ortodoxos.
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A sucessão de Jerónimo de Sousa aconteceu, como era previsível, em direção à ortodoxia, mas com um resultado imprevisível.
Alguns dos militantes fora do Comité Central terão ouvido falar levemente de Paulo Raimundo, para todos os outros portugueses é um desconhecido.
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E desconhecido é também o futuro do PCP.
Um partido fortemente erodido nas suas bases (autárquica e sindical), envelhecido na sua militância e agora também profundamente isolado do país por causa do seu posicionamento face à invasão russa da Ucrânia.
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Será que o trabalho de formiga no quadro da crise social ainda salvará o PCP? Ou a "geringonça" terá sido o canto de cisne de mais um Partido Comunista na Europa?
Artigo de opinião, no @dntwit👇
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https://www.dn.pt/opiniao/o-futuro-tem-partido-15359632.html
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